Autor: Dr. Ricardo Lima
Estamos aqui hoje para uma discussão pedagógica: como ensinar para alunos de medicina a melhor maneira de atuar em um pacientes, já que nem sempre temos o aspecto prático envolvido.
Sabemos que diferentes pessoas apresentam diferentes maneiras de aprender: algumas aprendem melhor escutando, outras aprendem melhor desenhando, outras aprendem melhor escrevendo. E muitas vezes não podemos dividir as turmas dessa maneira.
Um exemplo prático: na prática de cirurgia onde eu dou aula, devo explicar diversas síndromes que acontecem nos pacientes e de que maneira os médicos podem diagnosticá-las. Tentamos diversas fórmulas como, por exemplo, a anatômica: dividimos o abdômen em vários setores e de acordo com os sintomas
do paciente podemos localizá-los. Ou por diagnóstico sindrômico: dizendo para eles, o doente tem uma obstrução, tem um sangramento, tem uma isquemia, uma inflamação... Cada grupo de síndromes dessas, aliadas a sintomas pode ser aclopado no diagnóstico do tratamento posterior. Muitas vezes noto que, mesmo com diversificação de maneiras de ensinar, para alguns alunos ainda é difícil de entender. Mas para isso, a melhor maneira de ensinar é levá-lo a beira do leito, colocar a mão no paciente e mostrar para ele de maneira pratica e visual o que está acontecendo com o paciente.
Por isso que essa discussão é importante: para professores terem a ciência de que devem estimular os seus alunos a colocar a mão no paciente e para os alunos que muitas vezes ou tem preguiça ou não gostam de se aproximar do paciente por dificuldades.
Aliás, se eles não gostam de se aproximar dos pacientes, pensem bem se querem fazer medicina, mais do que isso, frequentem as enfermarias, coloquem as mãos nos pacientes. Só assim vocês verão e terão a noção total e o conhecimento total dos diagnósticos e dos possíveis tratamentos.
FONTE: MedCENTER
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